Opinião 2y5j5t
Setor portuário: mudanças a caminho ainda em 2025 6s3q2p
- Detalhes
- Paulo Cintra
lz5z
O setor portuário brasileiro deve ar, nos próximos meses, por diversas transformações, que refletem a necessidade de modernização e adaptação a um cenário global mais competitivo e sustentável. A importância desse setor para a economia nacional é inegável, uma vez que aproximadamente 95% do comércio exterior do Brasil é realizado por via marítima. Esse contexto exige investimentos consistentes em infraestrutura, tecnologia e eficiência operacional, alinhados às demandas de um mercado em constante evolução.
Uma das mudanças mais significativas para o setor é a aceleração das concessões e arrendamentos de terminais portuários à iniciativa privada. Desde a promulgação da Lei dos Portos em 2013, que trouxe maior flexibilidade para operações privadas, houve um avanço substancial no interesse do setor privado em participar da istração e operação dos portos brasileiros.
Neste ano, espera-se que esse processo atinja novos patamares, com a licitação de terminais estratégicos e a renovação de contratos de arrendamento, permitindo que operadores privados implementem práticas globais de eficiência e inovação.
O governo federal, por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), tem impulsionado esse movimento, visando não apenas ampliar a capacidade operacional dos portos, mas também garantir que o Brasil acompanhe as exigências internacionais de logística. Segundo dados do Ministério da Infraestrutura, o governo tem investido desde 2023 em projetos de modernização portuária, abrangendo melhorias em dragagem, ampliação de terminais e aquisição de equipamentos mais avançados. Esses recursos são direcionados para atender à crescente demanda por movimentação de cargas, especialmente de grãos, petróleo, celulose e minérios, setores onde o Brasil possui forte competitividade global. Até o final de 2025, o valor de investimento deve chegar a R$ 30 bilhões.
Digitalização do setor 2g5w5m
Outro ponto relevante é a digitalização do setor, que avança significativamente. Um exemplo prático dessa transformação digital é a implementação do Port Community System (PCS), plataforma que centraliza e integra informações logísticas, simplificando processos como liberação aduaneira, gestão de cargas e monitoramento de embarques. Além disso, há novos sistemas que usam a integração de IoT para aprimorar embarcações, cargas e até impactos ambientais.
A integração digital entre os diferentes elos da cadeia logística é um dos grandes objetivos, permitindo que portos, terminais, armadores, operadores logísticos e autoridades governamentais compartilhem informações em tempo real. Essa conectividade reduz gargalos operacionais, melhora a previsão de chegada e saída de embarcações e aumenta a competitividade dos portos brasileiros no mercado internacional.
Também há o avanço em importantes obras de infraestrutura, com projetos de ampliação de calado, dragagem em portos estratégicos e novos os logísticos. Esses projetos são essenciais para que os portos brasileiros consigam receber embarcações de maior porte e reduzam os tempos de atracagem.
Atualmente, a capacidade limitada de alguns portos para receber essas embarcações é um gargalo que reduz a competitividade do Brasil no mercado global. Melhorias em portos como Santos, Paranaguá e Itaqui estão entre as prioridades, garantindo maior eficiência no escoamento de cargas agrícolas e minerais, dois pilares das exportações brasileiras.
Mais sustentabilidade para o setor 1e204c
Outro fator que impacta significativamente o setor portuário é a implementação de práticas sustentáveis, alinhadas às diretrizes globais de ESG (ambiental, social e governança). A agenda ambiental exige que os portos se adaptem para reduzir emissões de gases de efeito estufa, implementar sistemas de gestão de resíduos e adotar fontes de energia renovável. No Brasil, iniciativas como o uso de eletrificação em equipamentos portuários e a instalação de painéis solares nos terminais são exemplos de como o setor tem buscado alinhar operações portuárias aos objetivos de sustentabilidade.
Em paralelo, o mercado de gás natural liquefeito (GNL) também influencia mudanças no setor portuário brasileiro. O aumento da demanda por GNL como uma alternativa energética menos poluente tem levado à construção de terminais específicos para esse tipo de combustível.
O setor portuário brasileiro está, portanto, diante de uma encruzilhada de oportunidades e desafios. A modernização da infraestrutura, aliada à digitalização e às práticas sustentáveis, promete transformar profundamente a operação dos portos, tornando-os mais eficientes, competitivos e ambientalmente responsáveis. Com investimentos significativos e a implementação de tecnologias avançadas, o Brasil tem a chance de se consolidar como um líder global em logística portuária, atendendo às demandas crescentes do comércio internacional e contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável do país.
Sobre a TÜV Rheinland 1c646i
A TÜV Rheinland é sinônimo de segurança e qualidade em praticamente todas as áreas dos negócios e da vida. A empresa opera há mais de 150 anos e está entre os principais fornecedores de serviços de testes, inspeções e certificações do mundo. Possui mais de 22 mil funcionários em mais de 50 países e tem um faturamento anual de mais de 2,4 bilhões de euros. Os especialistas altamente qualificados da TÜV Rheinland testam sistemas técnicos e produtos em todo o mundo, apoiam inovações em tecnologia e negócios, treinam pessoas em diversas profissões e certificam sistemas de gestão de acordo com padrões internacionais. Ao fazer isso de forma independente, promovem a confiança nos produtos e processos em cadeias globais de valor agregado e no fluxo de commodities. Desde 2006, a TÜV Rheinland é membro do Pacto Global das Nações Unidas para promover a sustentabilidade e combater a corrupção.
Paulo Cintra
Diretor Regional de Serviços Industriais da TÜV Rheinland na América Latina
Barrados no Baile 6u5n1r
- Detalhes
- Leonardo Levy
Ah, o Brasil... Sempre nos presenteando com suas novelas tragicômicas, onde a lógica parece um personagem coadjuvante esquecido no roteiro. Falo claro da epopeia do Tecon Santos 10 ou Tecon Pelé (em tempos de um Santos sofrível, faz bem lembrar das glórias do ado), o projeto que se tornou um estudo de caso sobre como adiar o progresso em nome de... Bem, ainda estamos tentando entender em nome de quê.
Primeiro, a ladainha: "Não precisamos de mais capacidade". Uma afirmação tão ousada quanto dizer que o sol não vai nascer amanhã. Nós, os que temos os pés fincados na realidade portuária - que vemos o gargalo diário, apresentamos estudos, números, a matemática fria e implacável - provamos que a demanda não apenas existia, como era urgente. O resultado? Anos de atraso, e hoje, quem arca com o ônus dessa teimosia é o embarcador, é o produtor, é o brasileiro que paga mais caro por produtos que poderiam fluir com mais eficiência. Um sofrimento que poderia ter sido evitado, ou ao menos mitigado.
Depois, o fantasma da verticalização. Pintado como um monstro de sete cabeças, pronto para devorar a livre concorrência. Gastamos saliva, neurônios e paciência para demonstrar que, em um mercado globalizado e competitivo, a integração de serviços pode ser sinônimo de eficiência, de redução de custos, de agilidade. Eis que, em sua última análise técnica sobre o assunto, a própria ANTAQ, reconhece: a verticalização não é o bicho-papão que pintaram. Pode, vejam só, trazer benefícios. Que bom que chegaram a essa conclusão. Pena que o tempo perdido não volta mais.
E a saga do tamanho? Disseram que o grande terminal deveria se espremer em um espaço incapaz de acomodar um terminal de contêineres, quase um bonsai logístico, ou então ser fatiado como um bolo de aniversário, perpetuando a ineficiência que tanto criticamos. Pacientemente, argumentamos: o Porto de Santos é do tamanho da ambição deste país de dimensões continentais. Precisa de escala, fôlego e de terminais que comportem navios gigantescos, que otimizem o fluxo, que nos coloquem em pé de igualdade com os grandes players mundiais. Convencemos. Mas a que custo?
Cinco anos. Cinco longos anos se aram entre negativas infundadas, debates estéreis e a postergação do óbvio. E nesse período o dinheiro a mais pago pelo fazendeiro de café para exportar seus grãos viraram bilhões de reais, nas mãos de alguém que provavelmente nunca visitou o Porto de Santos.
E agora, no clímax desta saga, aqueles que sempre disseram a verdade e usaram os fatos, os que defenderam a visão de futuro desde a primeira hora, veem-se tolhidos de participar do certame. Barrados no baile. Sem um pingo de argumento plausível, sem uma justificativa que se sustente sob a luz da razão. É o Brasil que não queremos ver em sua mais pura essência: cansativo, para dizer o mínimo.
Aos que hoje celebram as restrições impostas, aos que se beneficiam do entrave alheio, um recado: o Brasil é um carrossel. A roda gira, e a miopia que hoje lhes parece vantajosa pode ser a mesma que amanhã lhes turvará a visão e emperrará seus próprios projetos. Pensem grande, senhores! A vitória pequena de hoje pode ser a semente da derrota amanhã, quando sentirem na pele as mesmas mazelas que hoje aplaudem de camarote. O Porto de Santos, e o Brasil, merecem mais do que essa visão tacanha. Merecem a grandeza que lhes é inerente, mas que teimamos em adiar.
Leonardo Levy
Diretor de Investimentos da APM Terminals
A logística brasileira pode ser pensada com mais carinho 5h101b
- Detalhes
- Thomas Gautier
Há quanto tempo o brasileiro não escutava um debate sobre o peso do combustível no custo do transporte de mercadorias? 283m12
Como a infraestrutura flexível impulsiona o crescimento do agronegócio no país 3n13w
- Detalhes
- Sergio Gallucci
O Brasil se consolida a cada ano como um dos grandes protagonistas do agronegócio e da logística mundial. Representando cerca de 24% do PIB nacional e responsável por metade das exportações do país, o agro superou 320 milhões de toneladas de grãos na última safra, ampliando ainda mais sua presença global.
O desafio da continuidade operacional em sistemas críticos f4f57
- Detalhes
- Fernando Silvestre
No cenário atual da transformação digital, onde sistemas ERP são a espinha dorsal das operações corporativas, a sustentabilidade e continuidade operacional tornaram-se imperativos estratégicos.
*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não a por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente. 6g5w4s
- Rogério Martello é nomeado novo CEO da Steck LATAM e VP de Home & Distribution da Schneider Electric na América do Sul
- Regionalização da competência de pensar o Porto de Santos
- Universidade Portuária precisa entrar na academia
- ANTAQ sem foco na solução, distorce o projeto STS10 no Porto de Santos.
- VAIO® consolida presença no mercado de tablets e destaca a eficiência e versatilidade dos dispositivos








